quarta-feira, 22 de abril de 2009

Rick Warren pede perdão a homossexuais

Warren afirmou que “nunca deu nenhum apoio” à emenda defendendo o casamento.

Warren arrepende-se de ter apoiado Proposta 8, medida que protege casamento na Califórnia contra investida da agenda gay. Rick Warren, pastor de mega-igreja na Califórnia e autor do livro Uma Vida Com Propósitos, pediu perdão a seus amigos homossexuais por fazer comentários em apoio da Proposta 8 da Califórnia.

Essa proposta, defendida por evangélicos, católicos e outros religiosos, tinha como objetivo proteger a instituição do casamento contra os ataques legais de ativistas homossexuais.Warren agora afirma que ele “nunca deu nenhum apoio” a essa emenda defendendo o casamento.
Na segunda-feira de noite, no programa de TV Larry King Live, da CNN, o Pr. Rick Warren pediu perdão por seu apoio à Proposta 8, dizendo que ele “nunca foi e nunca sera” um “ativista contra o homossexualismo ou contra o casamento gay”.

No entanto, duas semanas antes da votação da Proposta 8 em 4 de novembro, o Pr. Warren distribuiu nota apoiando explicitamente a emenda de proteção ao casamento, ao se dirigir aos membros de sua igreja. “Apoiamos a Proposta 8. E se vocês acreditam no que a Bíblia diz sobre casamento, vocês precisam apoiar a Proposta 8 também”, disse ele.

A seguir a transcrição completa do comentário de Warren poucas semanas antes da votação da Proposta 8:
A hora da eleição está chegando, em apenas duas semanas, e espero que vocês estejam orando sobre seu voto. Uma das propostas que, evidentemente, quero mencionar é a Proposta 8. Essa proposta havia sido instituída porque os tribunais rejeitaram a vontade do povo. E um tribunal com quatro caras realmente votou para mudar a definição de casamento que exite há 5.000 anos.
Ora, permita-me dizer isto realmente com clareza: apoiamos a Proposta 8. E se vocês crêem no que a Bíblia diz sobre casamento, vocês precisam apoiar a Proposta 8. Nunca apóio um candidato, mas em questões morais eu me manifesto bem claramente.

Essa é uma questão, amigos, em que todos os políticos tendem a estar de acordo. Perguntei diretamente para Barack Obama e John McCain: qual é sua definição de casamento? E os dois disseram a mesma coisa: é a definição tradicional, histórica e universal do casamento — um homem e uma mulher, para a vida inteira. E todas as culturas durante 5.000 anos, e todas as religiões durante 5.000 anos, disseram a mesma definição: casamento é entre um homem e uma mulher.

Ora, eis algo interessante. Os gays e as lésbicas são apenas dois por cento da população americana. Não devemos deixar que dois por cento da população decidam mudar uma definição de casamento que tem o apoio de todas as culturas e todas as religiões há 5.000 anos.
Essa não é uma questão exclusivamente cristã. É uma questão humanitária e humana que Deus criou o casamento para o propósito de estabelecer a família, o amor e a procriação.

Por isso, incentivo vocês a apoiar a Proposta 8, e a repassar essa mensagem para outros. Vou distribuir uma nota aos pastores mostrando o que é que creio nessa questão. Mas todos sabem no que creio. Eles me ouviram no Fórum Civil quando perguntei a Obama e McCain sobre suas opiniões.

Entretanto, durante sua entrevista à CNN na segunda-feira, Warren expressou remorso por apoiar a Proposta 8. “Escrevi a todos os meus amigos gays — os líderes gays que eu conhecia — e realmente lhes pedi perdão”, confessou ele.Além disso, o Pr. Warren disse que ele não queria comentar ou criticar a decisão da Suprema Corte de Iowa, EUA, da semana passada de legalizar o “casamento” homossexual porque “isso não é sua agenda”.

O Dr. Jim Garlow, pastor sênior da Igreja Wesleyana Skyline em San Diego, ajudou a liderar a campanha da Proposta 8 na Califórnia. Garlow admite que está confuso e preocupado com a decisão do Pr. Warren de pedir perdão por ter apoiado a Proposta 8.

“Historicamente, quando instituições e indivíduos recuam de convicções acerca das verdades da Bíblia, só um fator leva a isso: o medo de perder o respeito das outras pessoas. Em outras palavras, preocupar-se mais com o que as outras pessoas vão pensar do que com o que Deus pensa”, concluiu ele.


Fonte: Jornal A Hora / OneNewsNow / Júlio Severo

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Deus não se serve apenas da cúpula eclesiástica e dos pós-graduados

Em artigo publicado no Jornal do Brasil (03/09/07, A12), Leonardo Boff lembra que no quarto século quase todos os bispos aderiram à heresia arianista, segundo a qual Jesus é apenas semelhante a Deus, e não imagem visível do Deus invisível (Cl 1.15). “Foram os leigos que salvaram a Igreja, proclamando Jesus como Filho de Deus”, acrescenta Boff.
É preciso lembrar que foi uma mulher (Débora) e não um homem (Baraque) que tornou possível a vitória de Israel sobre o rei de Canaã e sobre seus novecentos carros de ferro, depois de vinte anos de opressão (Jz 4).
É preciso lembrar que foi o caçula de Jessé, um rapaz da roça, e não o rei Saul e seu exército, que derrubou o gigante Golias, de quase três metros de altura e livrou os israelitas dos filisteus (1Sm 17).
É preciso lembrar que foi uma adolescente, e desterrada que levou Naamã, comandante em chefe do exército assírio, a curar-se da lepra (2Rs 5.1-19).
É preciso lembrar que foi um menino, e não um adulto, que ofereceu seus cinco pães de cevada e dois peixinhos para Jesus multiplicar e matar a fome de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças (Jo 6.9, NTLH).
É preciso lembrar que é do coração e da boca das crianças e dos recém-nascidos, e não dos marmanjões, que Deus suscita o perfeito louvor (Mt 21.16).
Finalmente é preciso lembrar que foi um ex-perseguidor e torturador dos cristãos (Paulo), e não Pedro, nem Tiago nem qualquer outro dos mais influentes líderes da igreja, que a livrou do legalismo, a praga que diminui o valor da graça e aumenta o valor da lei (Gl 2.11-21).
Enquanto a sociedade supervalorizava e supervaloriza os doutores, os poderosos, os nobres de nascimento e a hierarquia, eclesiástica ou secular, Deus continua livre para eleger e usar a seu bel-prazer as pessoas que, sob o ponto de vista humano, parecem desprezíveis e insignificantes (1Co 1.26-29).
Revista Ultimato - 12/2007

O triunfalismo dos super-crentes

As críticas contra o chamado “evangelho da prosperidade ou triunfalista” foram uma constante durante o X Encontro para a Consciência Cristã, promovido pela VINACC, no Parque do Povo, em Campina Grande, Paraíba, durante o período de Carnaval. O presbítero paulista Paulo Cristiano, do Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP), lamentou a postura de igrejas tidas como cristãs, mas que pregam uma mensagem teologicamente equivocada sobre a conquista de vitórias e a prosperidade por parte dos evangélicos. “Existe uma falsa pregação dando conta de que crente é uma espécie de deus, pois não pode ficar doente, pobre e sofrer qualquer problema existencial, a exemplo da depressão, um dos maiores males dos tempos modernos”, afirmou.
Segundo ele, problemas como a depressão podem até mesmo atingir os mais fiéis servos de Deus, citando o caso de Elias, no Antigo Testamento, e até mesmo o Senhor Jesus Cristo, que passou por momento de profunda angústia. “Depressão não é pecado. Pecado é o cristão não deixar Deus intervir em seu problema. Deus é o melhor psicólogo do mundo e muitos casos de depressão podem ser curados mediante fé e oração. O que não pode é a pessoa imaginar-se imune à dor e à depressão, como pensam ou apregoam as igrejas triunfalistas”, declarou.
Para o pregador, outro grande problema é que “igrejas triunfalistas” ou do “evangelho da prosperidade” se afastam de Deus e da Bíblia, usando, como meio para atrair adeptos, falsos milagres, espetáculos e explosões emocionais. Com isso, conforme destacou, as pessoas problemáticas criam falsas expectativas e terminam se decepcionando com o que pensam ser o “evangelho”.
Fonte: www.paraiba.com.br