terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Hipocrisia Religiosa - Diga Não a Essa Droga!


1. Um Desabafo Contra a Falsa Fraternidade Moderna.

Não é de hoje que procuro entender e desenvolver um melhor relacionamento cristão. Em pouco mais de vinte e cinco anos de vida cristã, experimentei a comunhão com vários grupos de crentes em diversas cidades brasileiras. Confesso que me causa estranheza e alguma frustração, o comportamento de alguns ‘crentes’ nos dias atuais.

Não me conformo ao fato de ouvir um irmão chamando o outro de amado, sabendo que este não é o real sentimento que um nutre pelo o outro. Lembro-me de alguém que quando dirigia um culto, dava oportunidade para um irmão ‘negro’, cantar, só para depois do culto zombar do inocente, chamando-o de adjetivos que prefiro não mencionar.

Pessoalmente, experimentei por mais de uma vez, o dissabor de descobrir num ‘irmão’ considerado amigo, desses em que se deposita a confiança de se fazer confidências, a verdade de um relacionamento baseado na hipocrisia. Sem sombra de dúvida, este não é padrão para os relacionamentos entre irmãos que o Senhor intenta para a sua igreja.

Quão difícil e se submeter aos abraços (de tamanduá) e tapinhas (facadas) nas costas, quando alguém que sabidamente nos odeia e nos chama de ‘meu queriiiido...’, ou aquela citação patética de uns retardados que olham para nós e sapecam um ‘Oh! abençoaaaaado...’, quanto mais vou ter que aturar, até compreender que o homem é falso por causa de sua natureza pecaminosa? Precisa ser assim? Não dá pra ser diferente? Todo crente é hipócrita? Quando aceitamos a Jesus como nosso salvador, essa parte desgraçada de nosso caráter não é alcançada pelo novo nascimento?

Observando as ações de muitos que se dizem cristãos, constatamos que estes se identificam mais com o adversário de nossas almas do que com o Senhor Jesus. Então, não seria o caso de deixarem de lado o apelido ‘cristão’ e de uma vez por todas assumirem outro nome? Como deveriam ser chamados? Que o poder do nome de Jesus tenha efeito em nossas vidas!

2. Qual a razão para tanta hipocrisia e arrogância?

Andar com Jesus? Não, obrigado! O pecado sempre vai se apresentar escamoteado por alguma desculpa, neste caso não é diferente. Sinceramente, creio que o que leva uma pessoa religiosa a agir dessa maneira, está no simples fato desta não conhecer a Jesus e não querer manter nenhum tipo de relacionamento com Ele. Está faltando muito do caráter e da personalidade de Jesus na vida dos crentes atuais. Conhecer e relacionar com Jesus implica em mudança de vida, de comportamento e de atitudes. “E nisto sabemos que o conhecemos; se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade; mas qualquer que guarda a sua palavra, nele realmente se tem aperfeiçoado o amor de Deus. E nisto sabemos que estamos nele; aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou.” (1ª Jo 2.3-6)

Os Ensimesmados - Adoradores de si mesmos. A religião, qualquer que seja ela, fornece aos indivíduos a oportunidade de satisfazer a consciência do homem, já que este é essencialmente um ser que foi criado por Deus para ser um adorador. Muitos a utilizam como meio escuso de chamar para si a atenção, transformando o próprio ego no centro de suas existências. Vivem por e para ele. Não conseguem enxergar além de si mesmo qualquer outra pessoa ou outro motivo mais nobre para viver. “Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus, repartiu a cada um.” (Ro. 12.3)

Orgulho – Incorrendo no erro de Lúcifer. O orgulho, aparentemente aparenta ser uma palavra despretensiosa, bem como também o é seus possuidores, mas é uma palavra que pode trazer luz a questão acima. Uma das grandes verdades do cristianismo consiste em amar ao próximo, considerando-o como sendo superior a nós mesmos. A alegria maior de um cristão está exatamente em conseguir enxergar num indivíduo seja ele quem for independente de sua condição social, raça ou sexo, uma pessoa para ser alvo e beneficiário de seu amor. Querendo o bem e o melhor para o meu próximo, estou o desejando para mim mesmo, pois, esta é a máxima da lei da semeadura: “pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” (Gl 6.7).

Quando buscamos o significado mais acurado do termo orgulho, encontramos a seguinte definição: conceito exagerado que alguém faz de si próprio; soberba; sentimento de dignidade a si mesmo; brio, altivez. (http://pt.wiktionary.org). Veja o que a bíblia diz a respeito de Lúcifer, observe como a essência é a mesma. “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! como foste lançado por terra tu que prostravas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte; subirei acima das alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.” (Is 14.12-14).

3. Existe Cristianismo sem Jesus?
Lembro-me de numa noite fria de domingo, de ter pregado numa certa denominação, uma mensagem com este tema: Cristianismo sem Cristo. Baseie a mensagem no seguinte texto bíblico: “Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses.” (2 Tm. 3. 1-5).

Jamais me esquecerei de ver os obreiros em cochichos laterais, da imagem do pastor da igreja bufando de raiva, e da nave da igreja superlotada de crentes que choravam copiosamente, se humilhando e derramando na presença do Senhor. Nunca mais preguei naquela igreja, aliás, fui convidado pela liderança a me retirar de lá.

Muito interessante é o fato de mensagens com este teor desagradar e embaraçar certas lideranças eclesiásticas. O que querem eles esconder ou disfarçar? Sua própria arrogância, sua presunção, ou sua falta de compromisso com a palavra de Deus? Talvez, mas não é só isso.

Lamentavelmente o que se vê na esmagadora maioria dos púlpitos das igrejas evangélicas atuais, são líderes mercenários, totalmente corrompidos e compromissados com mamon. Homens e mulheres que a fé não representa absolutamente nada, desde que redunde para eles algum favorecimento material.

Mensagens cristocêntricas que falam do amor e da graça de Deus são motivos de piada e de chacota. O ensino sistemático da Palavra é considerado como coisa do passado, fruto da mente de dinossauros da fé que já repousam com suas extravagantes ignorâncias na eternidade. Infelizmente vão levar para a eternidade o peso de terem morrido sem preparar uma geração de líderes que soubesse lidar com o sucesso, a fama e o poder. Líderes que envergonham o evangelho com freqüentes escândalos sexuais, usam de um deboche cretino da fé e da razão de seus liderados, perpetuando-se no poder com dinastias sem nenhum escrúpulo. Líderes que fariam de Fidel e Chaves pequenos e débeis discípulos.

Seus auditórios estão sempre lotados por gente havida em alcançar respostas rápidas que não os custe um compromisso mais sério com Deus. Esse evangelho chocho e sem graça é pregado a uma imensa multidão de ‘miolos moles’ que estão na realidade, num linguajar bastante juvenil, ‘dando um tempo’ em assuntos relacionados ao pecado e à vida eterna. São expectadores num culto onde Deus não fala e não revela absolutamente mais nada. Os profetas não existem, quando aparece algum é prontamente amordaçado. Os dons espirituais são considerados como uma coisa fora de moda. O amor fraternal é encarado com mero interesse; a filosofia da fraternidade de hoje se resume a esta frase: se deténs o que me interessa, então, és importante para mim.

Nesse contexto de religião moderna, em tempos de pregadores e pastores que copiam descaradamente para o exercício de seus ministérios o estilo consagrado na TV por Sílvio Santos, igrejas onde existe uma bíblia especialmente elaborada para cada tipo diferente de gosto, o Jesus da Palavra de Deus não se encaixa definitivamente.

4. Jesus Conforme os Evangelhos.
O Jesus que é apresentado nos evangelhos é contraditório, gosta de estar com pessoas simples, sem cultura alguma, mas também não se sente constrangido em cear com gente importante. Gosta que as crianças participem de seus cultos, seu barulho e aparente irreverência não o incomoda. Ele Prega uma mensagem poderosa e sem rodeios, carregada de significado e de conteúdo, com uma facilidade tão grande de compreensão, que até o mais ignorante dos mortais é atingido pelo poder de sua palavra. Esse Jesus é gentil, aceita que um de seus discípulos demonstre algum tipo de afetividade podendo se reclinar em seu peito.

Vejo nas páginas do Novo testamento uma imagem nítida de um Jesus educado, que não usava sua autoridade para dar ‘patadas’ nos mais humildes. Sendo Deus abençoava, curava e ainda perdoava pecados, sendo homem comia, sentia medo e se alegrava com seus discípulos. Era adepto de um bom churrasco de peixe, e apreciador como tantos outros de um bom bocado de pão quentinho assado em brasas. Esse tal Jesus, segundo os evangelistas, era maravilhosamente Deus e surpreendentemente homem.

Sabe de uma coisa? Cada um tem o líder que merece. Se existem hipocrisia e arrogância entre uns que se julgam ‘o último caroço de pequi em Goiás’, também existem crentes que amam e não se envergonham de serem parecidos com o Mestre, fazem jus aos nomes de crentes e de cristãos, que com justiça são chamados. “Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.” (Rm. 1.16-a).

Jesus Breve Virá!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Jesus - Mais Que Uma Mera Esmola


"E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda." (Atos 3.6)

Qual tem sido a nossa atitude diante de um necessitado que nos estende as mãos? Percebemos que além da necessidade física e material, estas pessoas também possuem uma alma que carece da graça divina? Não! Essa é a resposta mais honesta e coerente com a realidade que vive o Cristianismo moderno. Na maioria das vezes, simplesmente ofertamos uma esmola, do tipo 'oferta de viúva pobre', e com uma consciência limpa nos livramos rápido do problema e seguimos nosso caminho tranquilamente.

Observe nesta passagem bíblica alguns aspectos que passaram desapercibos pelos homens de Deus até o dia em que se viram em apuros. E agora, qual será nossa atitude?

Todos os dias... (vs 02). Era o costume judeu a oração no templo duas vezes ao dia. Durante anos aquele homem sempre esteve ali, contando com a compaixão dos religiosos que ali se dirigiam. Possivelmente, todos os dias os apóstolos depositavam algumas moedinhas aos pés do mendigo-coxo, até o dia que, quem sabe, esqueceram a carteira em casa, ou mesmo, um daqueles dias que a grana acaba, até o último e mísero centavo.

Olharam bem para ele... (vs 04). Aquele dia em especial os apóstolos foram tomados de surpresa, pois nada podiam dar-lhe materialmente. Como cristãos convictos e representantes legais do Reino de Deus, tinham a obrigação de ajudar a quem lhes pedia. Aquela foi uma oportunidade ímpar de parar e observar que ali ao chão, imobilizado pela deformidade física, estava uma alma, um filho de Deus, que até aquele momento havia, simplesmente passado desapercebido por eles. Mais um na imensa multidão dos 'sem chance'.

Não tenho prata e nem ouro... (vs 06). Uma realidade comum aos que abandonam suas profissões para servirem integralmente ao Reino de Deus. Os bens e as posses dos apóstolos agora serviam para a manutenção e subsistência da comunidade cristã que crescia assustadoramente. Aquela ocasião específica iria demonstrar que o recurso financeiro é importante para se fazer a obra de Deus, mas não é tudo. Temos um tesouro espiritual que é muito mais valioso que qualquer fortuna existente no mundo.

Segurando-o pela mão direita... (vs 07). A experiência que o mendigo-coxo iria desfrutar seria totalmente diferente de qualquer outra coisa que já tivesse vivenciado. Ao estender-lhe a mão, Pedro estava dizendo, em outras palavras: “Você vai precisar da minha ajuda quando o milagre de Deus acontecer”. Nunca havia dado um passo sequer em sua vida. Contava com a ajuda de amigos e parentes para se locomover. Este ato do apóstolo, representa também envolvimento, ação, e confiança inequívoca de que Deus age por amor e misericórdia na vida do mais miserável e vil dos homens.

Entrou com eles no pátio... (vs 08). Dr. Donaldo Turner em sua obra Exposição de Atos dos Apóstolos diz: “Onde iríamos primeiro nós, se aos quarenta anos de idade recebêssemos forças para andar?” O texto sagrado diz que o mendigo agora podia entrar no templo, antes impedido pela lei cerimonial. Interessante como a religião impões regras, restrições e impedimentos às pessoas que realmente necessitam de Jesus. Não foi o prórpio Mestre quem disse que havia vindo pelos doentes e não pelos sãos? Agora o homem não está somente andando, mas também saltando e louvando a Deus. Não se menciona na Bíblia que estivesse falando outra coisa a não ser o louvar e bendizer ao Senhor. Com certeza, aquele dia em especial ficou gravado para sempre na sua história, como o dia em que recebeu o maior presente já ofertado à humanidade, Jesus o Salvador!

Jesus está voltando!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

DISPOSIÇÃO PARA SERVIR E CORRER RISCOS

“Como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e verei a face de Deus?” Salmo 42. 1-2.

Servir a Deus e obedecê-lo incondicionalmente também implica em correr riscos. A fé em Deus vai confirmar através de uma visão futura e gloriosa em Cristo, de que esses riscos não são desnecessários, mas uma prova cabal de amor e renúncia, tendo como pano de fundo o propósito único da adoração a Deus, mesmo que isto implique em pagar com preço da própria vida. “Segundo a minha ardente expectativa e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a ousadia, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” Filipenses 1. 20-21.

A analogia do cervo. O Salmo 42 possui uma das exclamações mais carregadas de sentimento em toda a Bíblia, pois, lá se encontra o lamento de um adorador impossibilitado de subir a casa de Deus, para onde ia juntamente com a multidão, todos os anos para cultuar ao SENHOR. Inspirado pelo Espírito Santo compara seu ardente desejo de estar com a multidão com destino a Jerusalém, com a luta diária pela subsistência do cervo, um dos animais mais famosos da Palestina. Obrigado a refugiar-se nas montanhas por causa da caça indiscriminada, vê sua vida em constante perigo ao ter que descer do abrigo seguro para ir às correntes das águas para saciar sua sede. A vida para o cervo era uma rotineira luta contra a morte. Ter que diariamente decidir em ficar e morrer de sede ou descer e arriscar a perder a vida nas mãos dos hábeis caçadores das planícies.

Paulo - o apóstolo dos gentios. Ferido pela causa do evangelho de Cristo. “São ministros de Cristo? falo como fora de mim, eu ainda mais; em trabalhos muito mais; em prisões muito mais; em açoites sem medida; em perigo de morte muitas vezes; dos judeus cinco vezes recebi quarenta açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha raça, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez.” 2 Co. 11. 23-27.

Na defesa de seu ministério apostólico juntos aos crentes de Corinto, Paulo lista uma série de contratempos que teve em sua vida, cada uma dessas experiências relatadas são em decorrência de sua decisão de pregar incondicionalmente o Evangelho de Cristo aos gentios.

O relato de açoites, apedrejamentos e dos perigos naturalmente nos forçam a um exame de consciência e a nos perguntar se estaríamos dispostos a sofrermos pelo menos dez por cento do que Paulo experimentou. Teríamos coragem e fé para abdicar do conforto de nossos lares para vivermos como um sem-teto, muitas vezes sem ter o que comer e nem muito menos onde dormir. Deixar carreiras promissoras para se tornar pessoas detestáveis pela sociedade. Algo digno e justo de ser citado a respeito deste homem de valor é sua afirmação já no fim de seus dias, enquanto preso em Roma: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” 2 Tm. 4. 7.

João – o apóstolo exilado.
“Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.” Ap. 1. 9.

Patmos, segundo alguns historiadores seria o local de exílio dos inimigos do imperador Romano. O texto sagrado diz que os motivos que levaram o apóstolo João para o exílio foram a Palavra de Deus e o testemunho de Jesus. Adlai E. Stevenson, político americano candidato a presidência dos EUA no século passado disse a seguinte frase: “Se meus inimigos pararem de dizer mentiras a meu respeito, eu paro de dizer verdades a respeito deles.”. João estava sofrendo o dano por falar a verdade ao mundo a respeito de Jesus, e a mensagem da cruz, o evangelho da graça confronta o homem e suas paixões mundanas e perversas. Esta mensagem choca-se com o modelo de vida do homem, totalmente destituído da glória de Deus (Rom. 6. 23), e como o próprio profeta Jeremias experimentou em Jerusalém (Jr. 36 1-32), é bem mais cômodo recusar a mensagem e lançar acusações sobre o instrumento de Deus, do que se arrepender e entregar-se a Jesus e à sua vontade.

A avançada idade de João não foi impedimento para que o apóstolo tivesse uma das experiências mais extraordinárias da Bíblia. Dali saiu as cartas as setes igrejas da Ásia, e também a visão dos acontecimentos futuros, a que chamamos de Apocalipse. Creio que como genuíno representante do legado de Jesus, João ainda sentia arder em seu peito a chama do Pentecoste. O Espírito Santo haveria de usá-lo muito ainda, porque a idade não ofusca o brilho do Espírito na vida do Cristão. O tempo não tem o poder de diminuir a fé do cristão.

Patmos não representa o fim de uma geração de homens de Deus, mas uma oportunidade de estar a sós com Jesus. Uma ocasião para se conhecer e ter mais comunhão com Deus. João aproveitou cada fração de segundo, do tempo em que, novamente esteve com Jesus, agora não mais o Jesus homem, ou mesmo o Jesus depois da ressurreição, mas o Jesus glorificado e de volta a sua posição no céu. O Alfa e o Ômega, o princípio e o fim (AP. 1.8).

Letra da maravilhosa música sacra ‘Sofrer Por Jesus’ de Adilson Rossi.
No mundo existe tanta tristeza tanta aflição, só mesmo Deus o soberano com sua forte mão, vem meus problemas solucionar, e dá-me forças pra caminhar sempre ao meu lado no dia a dia até no céu chegar. Há neste mundo quem persegue crente por falar em Deus, mas é perdido perseguir o povo que Deus escolheu, se hoje sofrendo, chorando estou, é por que um dia Jesus me amou, e por amar-me jamais na cruz seu sangue me negou.

Ó quantos sofrem ó quantos morrem sem negar Jesus, ó quantos choram por Deus imploram carregando a cruz, se a minha angústia me atormenta me roubando a paz, existem tantos que por Jesus suportam muito mais.

Ser perseguido pelo amor de Cristo e guardar a fé, é lutar firme erguendo a bandeira, levo até morrer, a minha vida muito custou, o preço dela Jesus pagou, se hoje eu perdê-la sei que irei morar com meu Senhor. Não desanimo, pois a minha frente vai o general, não temo a morte, pois receberei de Deus um galardão, Deus é comigo eu vencerei, no céu com Cristo descansarei, sem mais lamentos, eternamente eu serei feliz.
Jesus está Voltando!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Divórcio: benção hodierna ou antiga maldição?

"Eu odeio o divórcio; eu odeio o homem que faz uma coisa tão cruel assim. Portanto, tenham cuidado, e que ninguém seja infiel à sua mulher" (Ml 2:16 -- BLH).

Não faz muito tempo, ouvi de um clérigo uma tese sobre o casamento que me deixou de cabelo arrepiado, principalmente por se tratar de um ancião com vários anos de vida eclesiástica. Disse ele que o casamento era uma "coisa" puramente material. Deus, segundo ele, seria ocupado demais para se envolver em questões deste tipo, e que Ele, Deus, não se importava que os casais se separassem e tornassem a se casar com novos parceiros. Dias mais tarde descobri que este senhor tinha sérios conflitos familiares, tanto com sua esposa como também com os filhos. Soube-se que seu maior desejo era a morte prematura da esposa, já que ele não tinha coragem de abandonar sua família por causa de uma causa muito mais do que nobre, "seu" ministério.

- Nova Doutrina ou Heresia Antiga. Não é raro ouvir aberrações deste tipo sobre o casamento. Por várias vezes tenho deparado com ‘conselheiros’ que mais servem aos propósitos do diabo do que de Deus. Há alguns anos atrás, minha esposa recebeu em casa duas irmãs bem conhecidas e conceituadas na comunidade cristã que vivíamos. Estando bem adiantada a conversa, elas disseram o que realmente desejavam. Queriam simplesmente que minha esposa concordasse com uma delas, que estava planejando separar-se do seu marido, por achar que este não estava a sua altura, já que se tratava de uma dirigente de Círculo de Oração, e ele um homem sem formação alguma, e para ela, detentor do pior dos defeitos, ser pobre. Como minha esposa não concordou com a idéia e ainda condenou tal atitude, saíram de lá para, graças a Deus, nunca mais retornarem.

Alguns estão ensinando por aí, que pôr termo ao casamento é uma forma de respeito ao cônjuge. Tem-se descaradamente difundido a idéia herege de que com o fim do amor acaba a aliança do casamento. E para os seguidores destas filosofias não faltam sacerdotes para ‘abençoar’ as novas uniões que surgem todo dia.

- Mas o que realmente Deus pensa a respeito? Imagino que se lêssemos a Bíblia com um sentimento de reverência e temor, com um real propósito de obediência a ela, somente o texto acima serviria para mudar nossa opinião a respeito do divórcio. "Eu odeio o divórcio" (Ml 2:16), e não somente o divórcio, mas também ao homem que pratica tal perversidade, comparada pelo próprio Deus como um ato inominável de violência praticada contra um inocente.

Jesus declara em Mateus 19:8-9 que a permissão ao divórcio dada por Moisés foi por causa da dureza do coração do homem, mas que no princípio não foi assim. Deus criou o casamento para este ser indissolúvel, a exceção neste caso se aplica apenas ao cônjuge inocente vítima de infidelidade conjugal. Mas se repararmos atentamente aos ensinamentos de Jesus, não em uma apresentação simplista ou superficial, é como se Jesus estivesse proclamando: "perdoe, não se divorcie de sua mulher!".

- A Nova Moralidade. Vivemos dias de uma moralidade relativa que grita ensurdecedoramente aos nossos ouvidos espirituais. Apresentam-se as velhas desculpas para o pecado, dizendo ser o motivo maior o fato da "carne ser fraca", como se o pecado fosse vitamina pra alma. A investida da mídia em querer transformar o casamento em uma instituição falida, sua tentativa em tornar o corpo em objeto de culto, e o investimento maciço na cultura da homossexualidade não podem servir de parâmetros para que os representantes do Reino de Deus absorvam tais costumes. Se a Bíblia mostra inquestionavelmente o contrário, por que insistir?

Uma característica muito marcante dos que representa a religiosidade moderna, está no fato de que eles estão prestando atenção na oferta e não no adorador. Repare que no texto de Malaquias 2:12 "Que o Deus Eterno expulse do nosso país as pessoas que fazem isso, sejam quem forem, mesmo que apresentem ofertas ao Deus Todo-Poderoso!" O interesse de Deus está no ofertante, na sua conduta de vida, no amor e sinceridade que demonstra ao próximo, e na sua fidelidade com Deus.

- Esta Responsabilidade é de Todos Nós. Os membros da Igreja de Cristo têm que se apresentar neste último momento como profetas declarando solenemente o ódio de Deus em relação às heresias que estão sendo ensinadas em muitos púlpitos em relação ao casamento. A família precisa ser defendida a qualquer custo, ao preço de vermos os filhos desta geração pagar o preço por tamanha irresponsabilidade.

Jesus está voltando!

Quando Restar Apenas o Deserto

"... e tomou pão e um odre de água, e os deu a Agar, pondo-os sobre o seu ombro; também lhe deu o menino e despediu-a; e ela foi-se, andando errante no deserto de Berseba." (Gênesis 21: 14).

As duras lições que aprendemos com a realidade do deserto.

Perdem-se os amigos. É quando todos querem nos ver pelas costas. Não existe mais um ombro pra chorar, nem ao menos um abraço forte que acalente a alma.

Quando a própria subsistência se torna uma penosa carga. Uma depressão tão profunda e avassaladora que arrebenta com todos os resquícios de resistência da alma. Momento de agrura, quando a vida se torna sem sentido, e totalmente rendido ao infortúnio desejamos a morte.

Deixa de existir o conforto e a segurança do lar. Enfrentamos a difícil tarefa de conviver com a dor de não ser amado. O que penso e sinto deixa de ser importante. Deixamos de ser alguém e nos tornamos em uma coisa.

As consequências do calor do deserto.


Faz-nos andar errantes, sem destino e sem direção.

Torna a desilusão e a desesperança, justificativas ideais para se desejar a morte. O calor causticante aliado à dor de uma alma ferida torna o ambiente propício para a ação da morte. Mas até a morte fugirá de um desiludido nestes momentos.

Passamos a viver em uma dimensão própria, onde não cabem as pessoas que nos amam. Perdemos a sensibilidade para reconhecer os pequenos gestos produzidos pelas pessoas que nos amam incondicionalmente.

Quando parecer que não resta mais nenhuma esperança e a morte for apenas uma questão de tempo.


Deus é o único capaz de tornar o mal em bem. O mal que nos atinge pode ser uma forma de ser revelado em nossas vidas a vontade, o amor e a graça de Deus. Sob a óptica divina, da prisão pode sair um estadista e do deserto uma mesa farta.

Ele abrirá nossos olhos, nos mostrando o caminho às águas que curam. Somente a ação livre e espontânea de Deus, através de seu grande amor, pode devolver o discernimento e a visão espiritual, perdidos no calor de uma grande prova.

Transformará nosso deserto em prosperidade. É em épocas de dificuldades que temos as maiores oportunidades para crescer espiritualmente e também nos fortalecer aos pés do Senhor Jesus. Será em tempos de crise que se revelará em nós o seu amor e sua providência despretensiosa.

Jesus está voltando!