segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Divórcio: benção hodierna ou antiga maldição?

"Eu odeio o divórcio; eu odeio o homem que faz uma coisa tão cruel assim. Portanto, tenham cuidado, e que ninguém seja infiel à sua mulher" (Ml 2:16 -- BLH).

Não faz muito tempo, ouvi de um clérigo uma tese sobre o casamento que me deixou de cabelo arrepiado, principalmente por se tratar de um ancião com vários anos de vida eclesiástica. Disse ele que o casamento era uma "coisa" puramente material. Deus, segundo ele, seria ocupado demais para se envolver em questões deste tipo, e que Ele, Deus, não se importava que os casais se separassem e tornassem a se casar com novos parceiros. Dias mais tarde descobri que este senhor tinha sérios conflitos familiares, tanto com sua esposa como também com os filhos. Soube-se que seu maior desejo era a morte prematura da esposa, já que ele não tinha coragem de abandonar sua família por causa de uma causa muito mais do que nobre, "seu" ministério.

- Nova Doutrina ou Heresia Antiga. Não é raro ouvir aberrações deste tipo sobre o casamento. Por várias vezes tenho deparado com ‘conselheiros’ que mais servem aos propósitos do diabo do que de Deus. Há alguns anos atrás, minha esposa recebeu em casa duas irmãs bem conhecidas e conceituadas na comunidade cristã que vivíamos. Estando bem adiantada a conversa, elas disseram o que realmente desejavam. Queriam simplesmente que minha esposa concordasse com uma delas, que estava planejando separar-se do seu marido, por achar que este não estava a sua altura, já que se tratava de uma dirigente de Círculo de Oração, e ele um homem sem formação alguma, e para ela, detentor do pior dos defeitos, ser pobre. Como minha esposa não concordou com a idéia e ainda condenou tal atitude, saíram de lá para, graças a Deus, nunca mais retornarem.

Alguns estão ensinando por aí, que pôr termo ao casamento é uma forma de respeito ao cônjuge. Tem-se descaradamente difundido a idéia herege de que com o fim do amor acaba a aliança do casamento. E para os seguidores destas filosofias não faltam sacerdotes para ‘abençoar’ as novas uniões que surgem todo dia.

- Mas o que realmente Deus pensa a respeito? Imagino que se lêssemos a Bíblia com um sentimento de reverência e temor, com um real propósito de obediência a ela, somente o texto acima serviria para mudar nossa opinião a respeito do divórcio. "Eu odeio o divórcio" (Ml 2:16), e não somente o divórcio, mas também ao homem que pratica tal perversidade, comparada pelo próprio Deus como um ato inominável de violência praticada contra um inocente.

Jesus declara em Mateus 19:8-9 que a permissão ao divórcio dada por Moisés foi por causa da dureza do coração do homem, mas que no princípio não foi assim. Deus criou o casamento para este ser indissolúvel, a exceção neste caso se aplica apenas ao cônjuge inocente vítima de infidelidade conjugal. Mas se repararmos atentamente aos ensinamentos de Jesus, não em uma apresentação simplista ou superficial, é como se Jesus estivesse proclamando: "perdoe, não se divorcie de sua mulher!".

- A Nova Moralidade. Vivemos dias de uma moralidade relativa que grita ensurdecedoramente aos nossos ouvidos espirituais. Apresentam-se as velhas desculpas para o pecado, dizendo ser o motivo maior o fato da "carne ser fraca", como se o pecado fosse vitamina pra alma. A investida da mídia em querer transformar o casamento em uma instituição falida, sua tentativa em tornar o corpo em objeto de culto, e o investimento maciço na cultura da homossexualidade não podem servir de parâmetros para que os representantes do Reino de Deus absorvam tais costumes. Se a Bíblia mostra inquestionavelmente o contrário, por que insistir?

Uma característica muito marcante dos que representa a religiosidade moderna, está no fato de que eles estão prestando atenção na oferta e não no adorador. Repare que no texto de Malaquias 2:12 "Que o Deus Eterno expulse do nosso país as pessoas que fazem isso, sejam quem forem, mesmo que apresentem ofertas ao Deus Todo-Poderoso!" O interesse de Deus está no ofertante, na sua conduta de vida, no amor e sinceridade que demonstra ao próximo, e na sua fidelidade com Deus.

- Esta Responsabilidade é de Todos Nós. Os membros da Igreja de Cristo têm que se apresentar neste último momento como profetas declarando solenemente o ódio de Deus em relação às heresias que estão sendo ensinadas em muitos púlpitos em relação ao casamento. A família precisa ser defendida a qualquer custo, ao preço de vermos os filhos desta geração pagar o preço por tamanha irresponsabilidade.

Jesus está voltando!

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