quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Jesus - Mais Que Uma Mera Esmola


"E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda." (Atos 3.6)

Qual tem sido a nossa atitude diante de um necessitado que nos estende as mãos? Percebemos que além da necessidade física e material, estas pessoas também possuem uma alma que carece da graça divina? Não! Essa é a resposta mais honesta e coerente com a realidade que vive o Cristianismo moderno. Na maioria das vezes, simplesmente ofertamos uma esmola, do tipo 'oferta de viúva pobre', e com uma consciência limpa nos livramos rápido do problema e seguimos nosso caminho tranquilamente.

Observe nesta passagem bíblica alguns aspectos que passaram desapercibos pelos homens de Deus até o dia em que se viram em apuros. E agora, qual será nossa atitude?

Todos os dias... (vs 02). Era o costume judeu a oração no templo duas vezes ao dia. Durante anos aquele homem sempre esteve ali, contando com a compaixão dos religiosos que ali se dirigiam. Possivelmente, todos os dias os apóstolos depositavam algumas moedinhas aos pés do mendigo-coxo, até o dia que, quem sabe, esqueceram a carteira em casa, ou mesmo, um daqueles dias que a grana acaba, até o último e mísero centavo.

Olharam bem para ele... (vs 04). Aquele dia em especial os apóstolos foram tomados de surpresa, pois nada podiam dar-lhe materialmente. Como cristãos convictos e representantes legais do Reino de Deus, tinham a obrigação de ajudar a quem lhes pedia. Aquela foi uma oportunidade ímpar de parar e observar que ali ao chão, imobilizado pela deformidade física, estava uma alma, um filho de Deus, que até aquele momento havia, simplesmente passado desapercebido por eles. Mais um na imensa multidão dos 'sem chance'.

Não tenho prata e nem ouro... (vs 06). Uma realidade comum aos que abandonam suas profissões para servirem integralmente ao Reino de Deus. Os bens e as posses dos apóstolos agora serviam para a manutenção e subsistência da comunidade cristã que crescia assustadoramente. Aquela ocasião específica iria demonstrar que o recurso financeiro é importante para se fazer a obra de Deus, mas não é tudo. Temos um tesouro espiritual que é muito mais valioso que qualquer fortuna existente no mundo.

Segurando-o pela mão direita... (vs 07). A experiência que o mendigo-coxo iria desfrutar seria totalmente diferente de qualquer outra coisa que já tivesse vivenciado. Ao estender-lhe a mão, Pedro estava dizendo, em outras palavras: “Você vai precisar da minha ajuda quando o milagre de Deus acontecer”. Nunca havia dado um passo sequer em sua vida. Contava com a ajuda de amigos e parentes para se locomover. Este ato do apóstolo, representa também envolvimento, ação, e confiança inequívoca de que Deus age por amor e misericórdia na vida do mais miserável e vil dos homens.

Entrou com eles no pátio... (vs 08). Dr. Donaldo Turner em sua obra Exposição de Atos dos Apóstolos diz: “Onde iríamos primeiro nós, se aos quarenta anos de idade recebêssemos forças para andar?” O texto sagrado diz que o mendigo agora podia entrar no templo, antes impedido pela lei cerimonial. Interessante como a religião impões regras, restrições e impedimentos às pessoas que realmente necessitam de Jesus. Não foi o prórpio Mestre quem disse que havia vindo pelos doentes e não pelos sãos? Agora o homem não está somente andando, mas também saltando e louvando a Deus. Não se menciona na Bíblia que estivesse falando outra coisa a não ser o louvar e bendizer ao Senhor. Com certeza, aquele dia em especial ficou gravado para sempre na sua história, como o dia em que recebeu o maior presente já ofertado à humanidade, Jesus o Salvador!

Jesus está voltando!

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